15 de jul. de 2011

Aqui o café não é um bem de primeira necessidade...


... ao contrário de Portugal, onde terminamos o almoço com o quarto ou o quinto do dia, se calha ainda os contarmos. Porque, se assim fosse, uma bica-em-chávena-escaldada-e-um-copo-de-água-já-agora ou uma italiana-bem-tirada-com-adoçante-se-faz-favor não custariam o mesmo que um cappuccino ou um latte macchiato. (É de mim ou parece haver mil e uma maneiras de escrever cappuccino e latte macchiato?) O que não falta em Varsóvia são cafés, dos tradicionais àqueles que nos ensinaram a bebericar de copos de papel para ficarmos com ar executivo. Mas os polacos parecem não precisar das nossas constantes injecções de cafeína (a primeira dose para nos conseguirmos ver ao espelho, logo outra para nos lançarmos à estrada, mais uma para encararmos o chefe e a última do dia para enfrentarmos a segunda parte de um bailado pós-moderno). Na Polónia o café é um prazer que requer tempo e calma. Dirão os mal-intencionados que terá algo que ver com a prontidão do serviço, mas eu não estou aqui para julgar ninguém.